Sair de casa e deixar a família depois de ler um livro. Quem pode dizer que fez isso? Robert Zimmerman fez. Após a leitura do clássico de Jack Kerouac, On The Road, o menino judeu, bem-apessoado e razoavelmente bem nascido numa pequena cidade americana teve coragem e saiu de casa para ganhar Nova York.
Robert Zimmerma já não era mais o seu nome, em homenagem ao poeta galês Dylan Thomas, Robert decidiu se chamar Bob Dylan.
Como os outros garotos, demonstrou interesse pela rebeldia de James Dean bem como por motocicletas e jaquetas de couro. Mas não era o rock que fazia sua cabeça. Ouvia pelo rádio, tarde da noite, programas de música americana de raiz, o country e o blues. Muito novo, decidiu ser cantor embora tivesse uma voz roufenha e a tal timidez.
De vida pessoal conturbada, com muitos casos, difícil relacionamento com músicos e confusão religiosa, Dylan nos é apresentado como um ser humano total, repleto de indagações mais convicto de seu ideal: escrever e cantar belas canções, repletas de poesia original com fortes frases imagéticas. É o que tem feito e pelo que deve ser considerado. Sua arte importa mais do que sua vida, no final.
Seguidor do espírito beat: a manisfestação dos hippies, a experiência com drogas, os discursos fervorosos sobre sexualidade, os manifestos antimilitares, associa-se ao universo de interesse dos autores beats. Apresentou-se em barzinhos decadentes com composições de outros e próprias tocando violão e gaita.
Música de Dylan - On The Road Again
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